São José do Vale do Rio Preto

Devastação em São José
do Vale do Rio Preto

Hoje o Instituto Ler é Abraçar esteve em Boa Vista, Contendas e Jaguara - regiões de Petrópolis devastadas pela chuva. As marcas da destruição impressionam e estão espalhadas pelo lugar: casas destruídas, automóveis revirados, cheios de lama. Um som é persistente: é o som de vassoura, que está em todos os cantos. É a população se reorganizando. Quem ficou durante essas três semanas em abrigos, começa a se movimentar em busca de casas de parentes próximos, outros locais de moradia e, alguns por muito medo de novos temporais, preferiram mudar de cidade. Com isso, o número de pessoas nos abrigos já diminuiu bastante. Mas a necessidade de serviços e cuidados nessas localidades são evidentes. Além das marcas de destruição, há a marca do abandono. E, claro, da solidariedade.   

Um dos abrigos é em uma
Escola Municipal

Em um dos abrigos que visitamos, encontramos uma Escola Municipal que abriu as suas portas para atender a população. A coordenadora do lugar nos conta que 90% das pessoas abrigadas são famílias de alunos. Ali encontramos crianças de diversas idades, dormindo em suas salas de aula e  tendo como apoio as professoras da escola. Aproveitamos a garotada e contamos histórias. Além de contar, ouvimos muitas histórias de crianças que nos contam de suas experiências que ainda chacoalham dentro delas e conseguem, por algum tempo, suspender tudo e se encantar com "O Bicho Folharal" ou "A Flauta do Tatu". "Eu gosto de ouvir histórias!" é a frase de uma criança de 4 anos, que reforça no Instituto a necessidade de estar presente nesses lugares, lendo e abraçando.    

Crianças de um abrigo ouvindo histórias